quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

A pior transformação de todos os tempos

Mas uma das melhores cenas de novela. Com olhos felinos felizes e tal.





0:14 - Pode encostar naquela duna ali à direita.


0:35 - Cheguei no agreste de motorista.


0:50 - O início da subida.


0:55 - Cenas do passado em transparência.


1:00 - Sofri demais.


1:13 - Consolei a Tássia Camargo.


1:19 - Apanhei do Zé Esteves.


1:24 - Mas agora tudo é passado...


1:32 - Já até dei na cara de Perpétua.


1:50 - Continuo subindo...


2:05 - O ápice. Preparem-se para a revelação de uma nova mulher...


2:17 - ... uma mulher renovada...


2:19 - ... com toda a malícia e segredos. Preparados?


2:41 - UMA NOVA MULHER!


2:54 - Com um corte em camadas e uma permanente.


2:55 - E só.


3:11 - E à milanesa.


3:33 - Chega, Simone, já deu. Corta.



(Em um oferecimento do Vlad.)

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Heart of glass

Se um dia eu for sequelada, quer dizer, sequestrada, quando o sequestrador quiser cortar a minha orelha ou talvez a ponta do dedinho do meu pé para ser enviado à minha família como prova de vida, eu vou logo me opor e dizer que não há necessidade.

Porque eu tenho uma série de palavras-piadas-internas capazes de provar para pessoas específicas que eu estou bem viva, se provar que estou bem viva fosse preciso.

Com o Vlad, por exemplo: "obsessão?".

E com Ric, "dupla negação?".

Tá, agora eu queimei estas duas. Mas tem uma porção de outras.

Se o sequestrador tiver paciência, na hora posso me lembrar de todas elas.

* * *

Cada nova árvore de Natal na cidade aquece e destroça meu coração.

* * *

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Long time no see

Depois de seis meses, consertei meu laptop.

Só para chegar em casa, abri-lo e... descobrir que eu não tenho nada para fazer com um computador em casa.

* * *

Mas é claro que vou inventar alguma coisa para fazer, né. Por exemplo, ...

...

...

Ah, daqui a pouco vem.

* * *

Interlúdio: hoje de manhã, fui tirar dinheiro no caixa eletrônico do mercadãozinho.

(O mercadãozinho é uma loja de uma grande rede, pretensamente disfarçada de um mercadinho de bairro. Só que ruim).

O caixa é bem ao lado dos congeladores, então fiquei ali me admirando com a capacidade humana de empacotar coisas horrorosas e anunciá-las como "refeições".

Pulei o olhar dos hambúrgueres (prontos) congelados para a geladeira de sorvetes. E lá estava ele, me encarando implacável. Meu sabor nêmesis, passas ao rum.

Long time no see.

* * *

Passas ao rum é o tipo de sabor que, quando criança, parece mais misterioso do que o funcionamento de um salão de beleza ou do trabalho do seu pai.

Primeiro, porque é um troço que só existe enquanto sabor. Bolacha sabor morango, por exemplo, dá para entender. Eu já vi um morango. Chiclete sabor hortelã, ok. Existe hortelã. Até salgadinho sabor pizza é compreensível.

Mas alguém já viu uma "passas ao rum"?

Segundo porque, quando você é pequeno, é incapaz de entender que insondáveis motivos levariam um sujeito a escolher um sabor baseado em pinga e um troço suspeito, aparentemente meio estragado, que nem de longe lembra uma fruta (embora sua mãe jure para você que aquilo um dia foi uma uva).

Especialmente quando existe a concorrência do tutti frutti ou qualquer outro sabor cor de rosa.

* * *

Eu ainda não entendo o sabor passas ao rum. Acho que deu para notar.

* * *
Pronto. Bem-vindo de volta, laptop.